De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 40 mil brasileiros vivem com esclerose múltipla atualmente. O engenheiro agrônomo Caio Henrique Claudino, de 32 anos, é um deles.
Caio, que nasceu e vive em Maringá, no Noroeste do Paraná, foi diagnosticado com esclerose múltipla em novembro de 2021. Nele, a doença - que afeta o cérebro e a medula espinhal - começou a se manifestar com sintomas comuns, como fadiga e dores nas costas.
"O Caio começou a perceber que estava se cansando muito fácil. Ele passou por vários médicos com diagnósticos equivocados, até que encontramos acalento em um especialista de São Paulo", conta Fernanda Bonomo Bertola, companheira do engenheiro.
Leia mais:
Ibiporã continua à espera de ambulatório veterinário
Homem é preso com peixes e patas de capivara em Operação Piracema em Jaboti
Veículo de Londrina se envolve em colisão com morte em Ibaiti
Apucarana promove formatura de curso de formação em Libras
Apesar do diagnóstico ter acontecido há pouco mais de um ano, o médico responsável pelo diagnóstico de Caio suspeita que a doença tenha começado há mais tempo. Fernanda explica que a suposição está baseada nas lesões encontradas no cérebro do maringaense.
Hoje, Caio não consegue ter uma rotina livre das dores. Em alguns dias, não apresenta muitos sintomas - que chegam a ultrapassar a marca de 40 - e, com isso, realiza tarefas simples em casa. Em outros, conforme conta sua companheira, as dores são tão intensas que o engenheiro precisa ser levado ao hospital para tomar corticoide.
"O tipo de esclerose múltipla do Caio é muito ativo e agressivo. Ele tem lesões no cérebro e nas colunas cervical e dorsal e o pior é que a doença pode evoluir para um estágio de franca progressão, no qual não há chances de melhora", explica Fernanda.
Para que a esclerose múltipla do engenheiro não atinja o estado que preocupa a família, precisa passar por um transplante de células-tronco da medula óssea.
No Brasil, o procedimento era realizado de forma gratuita pela USP (Universidade de São Paulo), mas o hospital responsável está fechado desde 2020, devido à pandemia de covid-19.
"Nós entramos em contato com o hospital da USP e nos disseram que não tem previsão de abertura. Por isso, entramos com um pedido para que o plano de saúde custeasse o procedimento, mas também não deu certo. Eles [plano de saúde] nos ofereceram dois hospitais, mas um deles nos respondeu dizendo que nunca havia feito o procedimento e o outro afirmou que o transplante havia sido feito uma única vez e os resultados não foram satisfatórios", conta.
Para preservar sua saúde, portanto, Caio decidiu não passar pelo procedimento nas duas instituições. Com isso, sua família decidiu lançar nas redes sociais uma campanha para a arrecadação do valor necessário para que o procedimento seja realizado no Hospital Israelita Albert Einstein, referência na área.
O objetivo de Caio é arrecadar R$ 500 mil para arcar com todos os custos do procedimento. Até o momento, a "vaquinha" on-line já conta com mais de R$ 93 mil doados por internautas de diversos lugares do Brasil.
Fernanda afirma que quem preferir não utilizar a plataforma para fazer a doação pode enviar o valor pelo Pix do engenheiro: 074.497.659-69.
Caio conta com as doações para passar pelo procedimento e, assim, ter a garantia de que a esclerose múltipla não irá atingir o estágio de franca progressão. "Essa é minha única chance de tentar estacionar a minha doença. Já vendi meu carro, bicicleta, computador, celular. Não possuo mais bens para me desfazer, não tenho como levantar esse dinheiro. Peço, de coração, a sua ajuda."