Manifestantes fecham rodovia e pedem duplicação

Cerca de 100 manifestantes fecharam durante a manhã desta terça-feira (16) a rodovia João Leopoldo Jacomel (PR-415), que liga Curitiba a Piraquara, passando por Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Os manifestantes, moradores de Piraquara, pedem a duplicação da estrada para diminuir os índices de acidentes.

O protesto foi organizado pelo Movimento Duplicação Já, formado por diversas entidades, empresas e moradores das cidades cortadas pela rodovia. Os organizadores dizem que os índices de acidentes na via são altos. Em 2011, de acordo com o movimento, foram 149 acidentes com oito mortes. Em 2012, o número de óbitos chegou a dez até este mês de outubro.

Paulo Sérgio Garcia, um dos organizadores do movimento, diz que um abaixo assinado com cerca de 20 mil assinaturas, pedindo a duplicação da rodovia, foi enviado para o governador Beto Richa em abril deste ano, mas até o momento nenhuma obra foi realizada. "A única providência que o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) toma é construir lombadas. Já são 30 em um trecho de nove quilômetros", reclama.

A rodovia João Leopoldo Jacomel é a principal ligação entre Curitiba e as duas cidades da RMC. A estrada termina na região do Contorno Leste. Por dia, segundo os organizadores do movimento, circulam pelos 14 quilômetros da rodovia cerca de 40 mil veículos. Os membros do movimento reclamam que pela região circulam muitos caminhões em direção ao Contorno Leste, o que aumenta os riscos de acidentes.

O DER informou que está em andamento, em caráter de urgência, a contratação de um projeto para as obras na rodovia, dividido em dois lotes. O primeiro, entre Curitiba e Pinhais, inclui quatro quilômetros, com a restauração da rodovia e construção de vias marginais. No segundo lote, de dez quilômetros entre Pinhais e Piraquara, está prevista a duplicação, com restauração de pavimentação, ciclovias nos dois sentidos, sinalização e reforço das pontes.

A contratação do projeto está em caráter de urgência na rodovia, mas ainda não há previsão para o início das obras.