Paraná

Leilão provou que pedágio no PR é abusivo, diz Tizzot

09 out 2007 às 20:10

As propostas apresentadas nos leilões do pedágio dos sete lotes de rodovias federais ocorridos nesta terça-feira (09) comprovaram, mais uma vez, que as tarifas cobradas pelas concessionárias que operam no Paraná são abusivas e estão fora da realidade do país. A afirmação é do secretário dos Transportes, Rogério Tizzot.

Segundo a AEN, na concorrência realizada na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), os descontos das tarifas nos trechos que cortam o Paraná variaram entre 39% e 62%, o que gerou tarifas de R$ 1,02 a R$ 2,54.


"Para efeito de comparação, a tarifa mais baixa cobrada aqui no Paraná é de R$ 4,30 e a mais alta chega a R$ 10,90. Ou seja: o valor mais baixo cobrado aqui ainda está muito distante da tarifa mais alta apresentada no leilão", salientou Tizzot em entrevista à AEN.


"É mais uma demonstração do absurdo que as empresas que administram o pedágio no Paraná estão arrecadando. A margem de lucro é muito grande e há bastante gordura tarifária para queimar", acrescentou o secretário.


A discrepância citada pelo secretário também é bastante visível se a comparação for feita em trajetos percorridos. Em uma viagem de pouco mais de 80 quilômetros de Curitiba ao Litoral, o motorista paga R$ 10,90 de pedágio. Agora, se for trafegar entre Curitiba e Florianópolis, o mesmo motorista vai gastar R$ 1,02 por praça. Serão cinco pontos de cobrança nos 380 quilômetros que distanciam as capitais.


"Para viajar uma distância mais de três vezes maior, o motorista vai pagar a metade do que gastaria indo ao Litoral do Paraná. Mesmo guardando as devidas proporções entre os empreendimentos, é uma diferença enorme que expõe os altos ganhos que as concessionárias instaladas aqui no Estado vêm tendo desde 1998", criticou o secretário.

Licitação – As rodovias paranaenses incluídas no programa de concessões do governo federal são: BR-116 (entre Curitiba - São Paulo) com 401,60 quilômetros e 6 praças, BR-116 (de Curitiba, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) com 5 praças em 412,70 quilômetros; e os 382,3 quilômetros da BR-376 (de Curitiba a Florianópolis) que devem ter outras 5 praças.


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