A falta de estrutura está ameaçando, mais uma vez, o fechamento do Instituto Médico-Legal (IML) de Campo Mourão.
O maior problema é a falta de um médico legista. Lineu Amauri Marques, que era contratado como agente adminitrativo, foi exonerado em janeiro e, desde então, Miguel Arcanjo Sanders está sozinho na função.
Esta semana, o auxiliar de necrópsia Milton Scheibel, único funcionário que dá expediente no IML, enviou ofícios pedindo ajuda à prefeitura e ao Conselho Municipal de Segurança. Ele teme que o órgão seja desativado.
Numa reunião anterior, em Curitiba, ele foi orientado a buscar ajuda na prefeituras.
Segundo Scheibel, em abril 45 vítimas de mortes violentas passaram pelo IML.
''Há um excesso de trabalho e o nosso único legista já fala em pedir transferência paro o banco de sangue'', disse.
Para piorar, uma portaria passou cinco municípios da região de Guarapuava para o IML mourãoense.
Esta não é a primeira vez que o IML é ameaçado de fechamento.
Há quatro anos, o órgão só não foi desativado porque as funerárias da cidade aceitaram pagar o salário de um segundo legista.
Quando as empresas desistiram do negócio, o Estado acertou a contratação de Marques.
O prefeito Tauillo Tezelli (PPS) informou que vai discutir o assunto nesta sexta-feira durante visita do diretor do IML, João Carlos Braga.
Nos últimos dias, a prefeitura já teve que pedir autorização da Câmara de Vereadores para repassar cozinheiras, zeladoras e até carcereiros para a 16 Subdivisão Policial.