Na próxima terça-feira (8), quando será celebrado o aniversário de 75 anos de emancipação política de Ibiporã, acontecerá a cerimônia de abertura da Cápsula do Futuro, monumento que contém fotografias, lembranças e cartas escritas em 1997 por ibiporãenses para serem lidas pelos respectivos destinatários e compartilhadas 25 anos depois - ou seja, neste ano. O evento está previsto para as 9h.
A cápsula é uma construção em concreto armado, com dois metros de profundidade, que foi lacrada e vedada, e os documentos e mensagens foram colocados em plásticos e depois, dentro de uma urna de madeira, para que mantivessem a conservação por muitas décadas.
A cápsula faz parte do Monumento do Cinquentenário de Ibiporã, um painel em concreto concebido pelo artista plástico Henrique de Aragão (1931-2015), que fica na entrada da cidade, às margens da BR-369. A entrega da obra de arte e o fechamento da cápsula se deram em 8 de novembro de 1997, na gestão do então prefeito Antônio Nadir Bigati.
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Muitas pessoas estiveram presentes ao ato, além do prefeito e os vereadores daquela legislatura, políticos e deputados da época, como José Maria Ferreira e Alex Canziani. O projeto da cápsula e a ideia de solicitar mensagens à população foram dos então vereadores Rubisney Inácio Pinto e João Coloniezi.
A hora da abertura
Na manhã de 31 de outubro, uma comissão se reuniu na Biblioteca Pública Municipal para definir os detalhes de como se dará a abertura. Participaram representantes das Secretarias Municipais de Cultura, Educação, Saúde, TI, Comissão dos 75 Anos e o empresário e ex-vereador Rubisney Inácio Pinto. Este deu detalhes de como foi construída a cápsula, o painel artístico de Henrique (totalmente bancados pela iniciativa privada, segundo ele) e como foi o processo de recolhimento das cartas de alunos e cidadãos, bem como o acondicionamento na cápsula, em 1997.
Em razão dos cuidados adotados, os documentos deixados há 25 anos devem estar em bom estado e serão retirados no ato desta terça, mas não serão entregues no local aos destinatários. Serão trazidos em caixas para a Biblioteca Pública (na Rua Primeiro de Maio, 200, ao lado da Secretaria de Cultura). A secretária de Cultura e Turismo, Lourdes Narcizo, informa que, na Biblioteca, as cartas serão organizadas e colocadas em ordem alfabética para que possam ser localizadas e retiradas pelos seus destinatários ou representantes, mediante apresentação de documento.
A listagem com os nomes dos destinatários das cartas será publicada no Diário Oficial do Município e nos canais de comunicação da Prefeitura para se dar ampla publicidade. Todas as cartas e documentos ficarão na Biblioteca Pública à disposição dos interessados.
Mensagens para o centenário
O prefeito José Maria e a comissão também decidiram na reunião que será feito um convite a toda a população para que redijam novas mensagens para serem lidas no ano do Centenário, em 2047. Os modelos de carta (padrão) para se redigir mensagens para a “Ibiporã dos 100 anos” ficarão à disposição da população em todos os órgãos públicos de educação (escolas e CMEIS), escolas particulares, Unidades Básicas de Saúde, na Prefeitura, Câmara de Vereadores e também na Biblioteca Pública, com uma caixa onde serão depositadas as cartas. Todos os alunos da rede municipal de ensino (mais de 5 mil) já foram convidados e cada um deixará uma mensagem para os 100 anos.
As caixas e os modelos de cartas estão sendo impressos e, por isso, ainda não estão à disposição nos locais indicados. Nos próximos dias informaremos o início do recebimento das cartas em todos os canais oficiais.
As urnas para receber as mensagens serão recolhidas na semana do fechamento da Cápsula do Futuro, que deverá ocorrer em ato no dia 17 de dezembro, um sábado, a partir das 9h. Uma vez lacrada novamente, a cápsula só será reaberta daqui a 25 anos, em 2047.
Monumento artístico
O Monumento do Cinquentenário, ao lado da cápsula, é um grande mosaico de concreto, com 152 peças interligadas. No painel, Henrique esculpiu o sol, a lua, animais, símbolos, plantas e os signos do zodíaco oriental e ocidental, sinalizando uma união de culturas e etnias, assim como a cidade de Ibiporã, que recebeu em sua formação - e continua recebendo - povos de diferentes lugares e origens. Para a produção do monumento, Henrique contou com o apoio do artista local Agnaldo Adélio Eduardo.