Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreenderam, entre quinta-feira e anteontem, mais de 300 quilos de camarão pescado na região da ilha de Superagui (Litoral do Estado). Doze pescadores, a maioria de Santa Catarina, foram multados em cerca de R$ 2 mil cada um. Como eram primários, depois das autuações os pescadores e os barcos foram liberados pelo Ibama. Redes e todo o material de pesca ficaram apreendidos.
Entre os meses de março e maio, é proibida a pesca de camarão pelo sistema de arrasto com portas. Nesses meses, a espécie está deixando as baías, após a reprodução, para se dirigir ao mar aberto. Por isso, fica mais suscetível à ação dos pescadores. O chefe de fiscalização do Ibama no Paraná, José Carlos Ramos, disse que pretende intensificar as ações no Litoral paranaense. "Os catarinenses terminaram com o camarão no litoral deles e, por isso, estão vindo para o Paraná", disse.
Os dois barcos apreendidos na tarde de quinta-feira eram de pescadores parnaenses. Na sexta-feira, os quatro barcos eram catarinenses, da região de Itajuba. Uma canoa pequena pertencia a um morador da ilha das Peças, no Paraná. Todos responderão a crimes contra o meio ambiente na Polícia Federal.
De acordo com informações dos pescadores catarinenses, um comerciante de pescados do Paraná havia dito que a fiscalização na ilha de Superagui era precária. Por isso, eles teriam vindo pescar no Paraná. Todos os barcos foram encontrados na Praia Deserta, em Superagui.
"Existe uma parceria entre paranaenses e catarinenses para cometer esse tipo de crime", disse o chefe da fiscalização do Ibama. Ele não quis informar os nomes de suspeitos de estarem incentivando a pesca irregular de camarão no Litoral do Paraná.