O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realiza desde a segunda-feira a Operação Corcel Negro, com o objetivo de combater a produção, o transporte e o consumo ilegal de carvão no País. Os alvos da Corcel Negro, entre eles empresas-fantasma, se espalham por 14 Estados: Pará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Piauí, Maranhão, Bahia, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
No primeiro dia de operação foram fiscalizadas 21 carvoarias e lavrados 25 autos de infração, no valor de R$ 1,48 milhão. Dos 52 caminhões fiscalizados, dez foram apreendidos. De acordo com o Ibama, os cerca de 200 agentes federais já impediram que cerca de 5 mil hectares de mata nativa amazônica fossem destruídas para a transformação em carvão só no Estado do Pará. A partir de hoje, estão sendo vistoriadas as siderúrgicas.
Nas primeiras 48 horas, os agentes do Ibama já confirmaram fraudes no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais do Pará (Sisflora) em 14 empresas. Juntas, elas incluíram mais de 600 mil m³ de carvão em créditos falsos no sistema de controle estadual.