Os servidores técnico-administrativos do Hospital de Clínicas (HC) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR) decidiram, nesta terça-feira, em assembléia da categoria, que irão permanecer em estado de greve até quinta-feira. Eles aguardam decisão do Tribunal Regional Federal (TRF), de Porto Alegre, em relação a um recurso do Sindicato dos Trabalhadores do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral (Sinditest).
O recurso pede a cassação da liminar que determinou, na semana passada, a volta imediata aos trabalhos no Hospital de Clínicas. De acordo com o despacho judicial, a greve atrapalharia o atendimento aos pacientes, que estariam sendo prejudicados.
Com a decisão dos servidores, os atendimentos de urgência e emergência continuam sendo mantidos normalmente. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) terá um reforço no atendimento ao paciente. Mas nem todos os servidores voltarão ao trabalho. "Estamos em assembléia geral permanente. A qualquer momento convocamos assembléias e os servidores que quiserem poderão participar", afirmou Antonio Néris da Silva, presidente do Sinditest.
Os servidores federais ocuparam pela manhã o prédio da reitoria da UFPR para tentar pressionar o reitor Carlos Antunes a tomar medidas efetivas de auxílio aos funcionários técnico-administrativos. Eles exigiram a demissão do diretor do Hospital de Clínicas, Luiz Carlos Sobânia, e a convocação imediata do Conselho Universitário para tomar um posicionamento em relação a greve.
"Se nosso pedido não for atendido, poderemos ocupar definitivamente o prédio da reitoria. Estamos tendo paciência", declarou o sindicalista.