O governo do Estado está conseguindo avançar nas negociações com pelo menos uma das seis concessionárias que exploram o pedágio nas rodovias do Paraná.
A conversa da equipe do governador Roberto Requião (PMDB) com representantes da Caminhos do Paraná, que responde pelo Lote 4 do Anel de Integração, está em fase de conclusão. O índice de redução da tarifa de pedágio neste trecho ainda não é ponto pacífico entre as partes, mas até a noite desta quinta-feira oscilava entre 28% e 30%, conforme apurou a Folha.
Tanto governo como a concessionária confirmam a negociação, mas não os detalhes da conversa. As mesas redondas estão sendo feitas com absoluto sigilo. Requião, que ao que tudo indica não pretende anular os contratos firmados durante o governo Jaime Lerner (PFL) por impossibilidade jurídica, tem sinalizado que quer fechar o melhor índice, para com isso, forçar as demais concessionárias a cederem e reduzirem as tarifas.
A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) não quis comentar o assunto ontem. Porém, não negou a negociação. Paralelamente à discussão técnica, em cima de planilhas, o pedágio no Paraná tem sido alvo de questionamentos políticos. Além de campanhas e protestos promovidas por aliados de Requião, que tentam criar o melhor clima para o anúncio de uma decisão, a CPI do Pedágio, instalada na Assembléia Legislativa, deve apresentar no final de junho relatório final.
Os deputados antecipadamente concluem que o melhor caminho é a negociação e o entendimento. A maioria diz estar respaldada em depoimentos tomados de prefeitos, usuários de rodovias, transportadores e caminhoneiros. Boa parte favorável à manutenção da cobrança do pedágio nas estradas, porém com preços bem menores que os praticados hoje.