Em Curitiba, os coletores e varredores da empresa Cavo, especializada em gestão ambiental, aproveitam esta segunda-feira, quando se comemora o Dia do Gari, para fazer um apelo à sociedade para a valorização da profissão.
Mesmo sendo responsáveis pela limpeza urbana e pela saúde e melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. os garis são alvos de atitudes de desrespeito.
No trânsito, por exemplo, motoristas apressados e descuidados buzinam e até agridem verbalmente os profissionais que estão fazendo a varrição ou a coleta de resíduos das ruas.
Além do respeito nas ruas, os garis pedem que a população acondicione de maneira mais apropriada o lixo domiciliar.
Parte dos coletores de resíduos da Cavo já sofreu algum ferimento com materiais pérfuro-cortantes. Edivaldo Olegário Faustino, 30 anos, conta que já se machucou oito vezes. "Na hora de recolher os resíduos, não podemos parar para ver o que tem dentro do saco plástico", diz. O coletor, que cumpre uma jornada de cerca de 17 km por dia, aconselha que as pessoas acondicionem cacos de vidro, lâmpadas quebradas, agulhas e outros materiais cortantes dentro de caixas de leite vazias, por exemplo, ou embrulhados em jornais, evitando que perfurem os sacos plásticos e atinjam o coletor.
Outro apelo direcionado aos cidadãos é com relação aos cachorros. O saco de lixo deve estar em local fora de alcance dos animais para que o coletor possa apanhá-lo sem riscos. "Já fui mordido por cachorro quatro vezes. As pessoas dizem que o cão é bonzinho e não morde, mas ele nos estranha e corre atrás da gente", revela Faustino, que trabalha na empresa há sete anos.
Segundo a assessoria de imprensa da empresa citada, um coletor corre cerca de 17 km por dia e recolhe, aproximadamente, 5 toneladas de lixo. O varredor é responsável pela limpeza diária de 1,5 km. No total, os funcionários da empresa em questão coletam todos os dias uma média de 1.240 toneladas, contabilizando, no fim do mês, cerca de 35 mil toneladas.