Paraná

Funerárias avaliam "extensão" de novas normas

14 ago 2001 às 10:32
Procurado pela Folha durante a semana passada, o Sindicato das Funerárias do Paraná, representante das 21 empresas em Curitiba, preferiu não se manifestar em relação às denúncias que envolvem o setor. Sobre as alterações decretadas no sistema, informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "está avaliando a extensão e os efeitos da nova legislação."
Uma sindicância aberta em junho do ano passado pela prefeitura, para apurar se havia envolvimento de servidores nas supostas irregularidades, foi arquivada sem apresentar culpados. O processo foi instaurado pela Procuradoria Geral, após a publicação das reportagens pela Folha.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Ibson Campos, afirmou que a prefeitura nunca constatou irregularidades como formação de cartel e formação de quadrilha supostamente praticadas pelas empresas. "Nossa função é fiscalizar se elas (as funerárias) estão prestando um bom serviço aos usuários. E isso sempre ocorreu. Vamos aguardar o relatório final da CPI. Dependendo das conclusões apresentadas, vamos apurar."
Campos afirma não saber o faturamento mensal das funerárias, mas o próprio decreto 696 obriga as empresas a remeter mensalmente à secretaria a relação de notas fiscais emitidas, discriminando os serviços prestados.
De acordo com o número de mortes na cidade (1,2 mil) e o preço médio na tabela de sepultamentos (R$ 367,68), o faturamento seria de, no mínimo, R$ 450 mil mensais.

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