O IAT (Instituto Água e Terra), vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), impediu que uma ação de desmatamento ilegal em Tapira, no Noroeste do Estado, alcançasse proporções ainda maiores.
Durante uma ronda, fiscais do órgão ambiental localizaram um terreno na zona rural da cidade e constataram a supressão de aproximadamente 60 árvores de ipê roxo.
Como não havia autorização para o corte, a madeira foi retida, a área embargada e o proprietário autuado em R$ 30 mil – o cálculo será fechado após os trâmites legais.
De acordo com levantamento da regional de Umuarama do IAT, da qual Tapira faz parte, o proprietário é reincidente – foi autuado por ação semelhante há três anos. No ano passado, foram 3.411 autos de infração emitidos pelo instituto de danos à flora em todo o Paraná, com R$ 94,8 milhões em multas.
“Fazemos essa operação constantemente na região para identificar crimes ambientais. Essa madeira, após trâmite legal, será doada para instituições de caridade, que ficam com o dinheiro da comercialização do material”, explicou o chefe do escritório regional do IAT em Umuarama, Luís Carlos Borges Cardoso.
De acordo com ele, o ipê é considerado uma das árvores mais visadas por madeireiros por ser bastante cobiçada no mercado internacional. É chamado por especialistas como o “novo mogno”, madeira muito explorada no Brasil nos anos 1980 e 1990 e com alto valor comercial.
Justamente por causa da demanda, entrou para a lista de árvores com risco de extinção em 2002.
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