Depois de duas semanas, os trens voltaram a impedir o acesso dos estudantes do Colégio Estadual Olavo Bilac, em Cambé. Nesta segunda-feira (16), locomotiva estava estacionada no pátio de manobras entre às 13h, horário de entrada dos estudantes do ensino fundamental.
Os trilhos dividem o centro do Jardim Cristal, onde vivem cerca de 20 mil pessoas. Renata e Brenda moravam no bairro e morreram no acidente registrado em 3 de novembro. Elas tentavam pular o vagão, mas o trem se mexeu. As duas caíram e foram arrastadas por alguns metros.
O comerciante Moacir Carocia viu o acidente naquele dia. Ele participou dos protestos dias atrás e registrou as novas infrações dos estudantes cometidas hoje. As imagens mostram aglomerações de adultos e adolescentes. Ele não recrimina os estudantes e cobra alteração dos horários dos trens. "Alguns pularam os vagões. Ficar 15 minutos parado atrasa muito, o cidadão não quer saber. Mas acredito que deveriam retirar esse pátio de manobra daqui", disse. "Depois do acidente, os trens mudaram o horário de manobra, principalmente nos horários de grande fluxo. Agora voltaram", criticou.
No Olavo Bilac estudam 2,3 mil alunos dos ensinos fundamental, médio e profissionalizante. Na última semana, começaram as obras de demarcação para realização de trincheiras no local.