Paraná

Encontro discute melhora na qualidade do parto

27 jun 2001 às 18:08

Aproximadamente 60 profissionais de enfermagem que atuam em hospitais trabalhando diretamente com partos e tratamento de bebês de risco participam até sexta-feira de um seminário em Curitiba. O principal objetivo é discutir ações que venham melhorar a qualidade no parto e, consequentemente, reduzir o índice de mortalidade materna e perinatal.

O IV Seminário Estadual sobre Qualidade da Assistência ao Parto, organizado pela seção Paraná da Associação Brasileira de Enfermagem (Abem/PR), conta com participantes do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul.


No Paraná, de acordo com a presidente da Abem/PR, Alaerte Leandro Martins, o índice de mortalidade materna vem reduzindo nos últimos três anos. Hoje é de 76,8 mortes por 100 mil nascidos vivos contra uma média nacional de 117 mortes/100 mil. Ainda assim, está longe de chegar aos números aceitáveis pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 20 mortes por 100 mil nascidos vivos.


Entre as medidas defendidas pelos participantes do seminário estão a redução do uso de tecnologias nos partos, redução de cesariana, qualificação dos profissionais médicos e enfermeiros para a "humanização" do parto e no tratamento do bebê em casos de nascimentos de risco. As cesarianas desnecessárias também contribuem para a desumanização na assistência ao parto.


No Brasil, estima-se que 50% dos partos são realizados através de cesariana. No Paraná a média de cesárias é de 35%, mas há casos, como nas cidades de Umuarama e Maringá, por exemplo, onde as cesarianas chegam a 60% dos procedimentos.

Outra preocupação em debate é crescimento da gravidez na adolescência. No Paraná, são realizados cerca de 40 mil partos por ano em adolescentes, o correspondente a quase 35% dos nascimentos.


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