A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) decidiu ceder uma fazenda experimental de sua propriedade, em Ponta Grossa, para sediar um acampamento provisório para famílias de sem-terras.
De acordo com a rádio CBN, a idealização desse projeto surgiu na visita do ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, ao Paraná. Ela serve como uma medida paliativa enquanto o Incra prossegue com os processos de desapropriação e compra de áreas.
Segundo o Padre Roque Zimmerman, presidente da comissão de mediação de conflitos rurais e secretário do Emprego e das Relações do Trabalho, o MST já pediu que a área torne-se um acampamento permanente, mas não foi atendido. O projeto, segundo Zimmerman, pretende equipar a fazenda de estrutura para servir de assentamento, mantendo toda a parte de pesquisa agrícola.
Zimmerman também afirmou que a Embrapa tem um certo receio de que outras áreas da empresa, em outras regiões do país, sejam invadidas.
A fazenda em Ponta Grossa que servirá de assentamento provisório já foi invadida, este ano, duas vezes por grupos sem-terras. Com a negociação entre a Embrapa e ogoverno, o MST e o Incra Têm uma semana para desocupar a fazenda Baronesa, em Luiziana, na região de Campo Mourão.