A agropecuária é uma das principais atividades econômicas do Brasil, responsável por números impressionantes em nível nacional e também paranaense. De toda a riqueza produzida em território paranaense, 11% é proveniente da atividade agropecuária, conforma aponta o PIB (Produto Interno Bruto) do Paraná em 2023.
Dentre o montante de R$ 665,6 bilhões oriundo de todos os setores da economia paranaense, a agropecuária teve participação de R$ 73,6 bi no ano passado, produção que partiu de mais de 300 mil propriedades rurais.
Esses dados representativos mostram toda a força da categoria que celebra neste domingo, 28 de julho, o Dia do Agricultor, data instituída em 1960 para celebrar os 100 anos do Ministério da Agricultura.
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Entre os agricultores que vão comemorar o seu dia neste domingo está Almir Montecelli, engenheiro agrônomo que inspirou toda a sua família a seguir o seu passo e da mulher, que também é agrônoma. O casal teve três filhos – e todos também exercem a mesma profissão. E ele ainda tem um genro e uma nora agrônomos.
Motivo de alegria
Montecelli produz soja, trigo e algodão em uma área de 500 hectares em Jataizinho. “Todo agricultor tem orgulho da profissão, apesar das dificuldades, da luta, do clima, dos preços. É sempre motivo de alegria ser agricultor”, destaca.
Como presidente da Associação dos Cotonicultores do Paraná, Montecelli destaca uma conquista especial neste ano. “O Brasil se tornou o maior exportador de algodão do mundo, ultrapassando os Estados Unidos. Somos hoje o quarto maior produtor mundial, perdemos em área e quantidade para China, Índia e Estados Unidos. A China é o nosso maior mercado importador de algodão. Isso é um número fantástico, nos deixa muito satisfeitos, estamos exportando inclusive para o Egito”, celebra.
Entre os desafios da agricultura, ele cita a questão do custo-Brasil.
“Faz 30 anos que falamos em custo e a coisa não evolui. Combustíveis,
estradas, segurança. Estrada ruim, esburacada, frete caro e a quantidade
de impostos cada vez aumentando mais", ressalta o agricultor.
Montecelli coloca a instabilidade cambial como um dos grandes entraves para o setor. “Para a nossa atividade é ruim porque 90% dos insumos estão atrelados ao dólar, isso nos afeta demais. Tivemos prejuízo na safra passada por causa da questão do dólar. Investimos e, quando fomos vender, o dólar estava mais baixo, dando uma diferença de até 40% no preço”, reclama.
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