Os sistemas de coleta de esgoto que ficam ao redor da barragem do Iraí - responsável pelo abastecimento de 70% do abastecimento de Curitiba e região metropolitana - vão ser vistoriados na sexta-feira pelos deputados estaduais da Comissão de Investigação (CEI) da Sanepar. A visita, que acontece às 10 horas, foi requerida pelos deputados ao diretor de negócio da empresa, Lauro Klass, que prestou depoimento na comissão, na Assembléla Legislativa.
Para o deputado Neivo Beraldin (PSDB), que preside a CEI, a vistoria vai servir para checar se os investimentos para implantação desse sistema foram bem empregados. Em seu depoimento à CEI, Lauro Klass, da Sanepar, disse que foram gastos na construção da barragem do Iraí R$ 15,5 milhões, além de R$ 18 milhões na implantação do sistema de coleta e tratamento de dejetos.
Dos R$ 15 milhões, a Sanepar pagou R$ 255 mil para derrubar a mata da área e R$ 55 mil para limpeza dos aterros instalados na região. Também foram pagos outros R$ 350 mil para construção de seis casas e a colocação das cercas. Beraldin entende que os valores pagos são muito altos.
Durante o depoimento, o deputado questionou o diretor sobre a viabilidade de construir a barragem naquele local. Klass disse que a empresa considerava possível a formação do reservatório. No entanto, o deputado Edson Strapasson (PMDB) lembrou que um relatório do consórcio português Coba, que gerenciava a obra, desaconcelhava a construção da barragem, responsável pelo abastecimento de 1,8 milhão de pessoas da Região Metropolitana de Curitiba.
Lauro Klass, diretor da Sanepar, disse que houve laudos contrários, mas exames posteriores aprovam a qualidade do solo da região. Os deputados solicitaram o envio de todos os laudos para apreciação da CEI da Sanepar. A empresa deve encaminhar a papelada nos próximos dias.