Paraná

Curitiba terá Secretaria Antidrogas contra a violência

19 fev 2008 às 10:39

O prefeito Beto Richa anunciou nesta segunda-feira (18) a criação da Secretaria Municipal Especial Antidrogas, com o objetivo de reduzir índices de homicídios e outros crimes ligados ao tráfico de drogas em Curitiba.

O delegado Fernando Francischini, que chefiava a Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal, em São Paulo, foi cedido pelo Ministério da Justiça para ocupar o cargo. "Segurança é uma atribuição constitucional do governo do Estado, mas a Prefeitura fará sua parte para reduzir os índices alarmantes de violência, que colocam Curitiba na sétima posição do ranking de mortalidade por arma de fogo entre as capitais", afirmou Richa.


O novo secretário coordenará um trabalho articulado com secretarias como Defesa Social, Educação, Saúde, Cultura, Esporte e Lazer, Ação Social e Assuntos Metropolitanos, para desenvolver projetos em locais com altos números de homicídios e tráfico de drogas. "Vamos trabalhar principalmente com crianças e jovens, disputando seu tempo e atenção, oferecendo projetos com atividades interessantes, para cortar o fluxo financeiro do tráfico", explica Fernando Francischini, que será empossado nesta quinta-feira (21), às 11h.


A secretaria fará parcerias com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e Conselho Nacional de Entorpecentes (Conen), entre outros órgãos. "Vamos agir também na Região Metropolitana de Curitiba, porque é impossível pensar a questão do tráfico de drogas sem envolver municípios conurbados à capital, como Colombo, Pinhais e Almirante Tamandaré", diz o delegado.

A Secretaria Antidrogas terá apoio do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), instituído pelo Ministério da Justiça em onze regiões metropolitanas consideradas mais violentas, de acordo com pesquisas do ministério. O Pronasci pretende articular políticas de segurança com ações sociais, priorizando a prevenção e buscando atingir as causas da violência. O governo federal pretende investir R$ 6,7 bilhões no programa até 2012.


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