Um garoto de três anos teria sido retirado à força de uma escola de Apucarana (região Centro/Norte do Paraná) pelo pai na tarde da última quarta-feira. Ambos estão desaparecidos. A mãe, que havia se separado em outubro, tem a guarda exclusiva do filho e está de posse de um mandado de busca e apreensão que lhe garante ficar com a criança, caso ela seja localizada. Aeroportos de todo o País, terminais rodoviários e polícia rodoviária estão em alerta, mas por enquanto não há pistas dos dois.
''Eu estava viajando a Brasília a trabalho e meu filho estava sob os cuidados da minha mãe. Na terça-feira ela falou por telefone com ele (ex-marido) e, inocentemente, passou várias informações sobre a escola. Provavelmente ele já estava na região'', disse a mãe do menino, que é enfermeira. Segundo ela, uma das causas do fim do casamento foi o hábito que o ex-marido tinha de beber e passar dias desaparecido. Até a separação do casal, a família morava em Fortaleza (CE).
O delegado chefe de Apucarana, Gabriel Marcelo Botelho Junqueira Filho, informou que a gravação das câmeras de segurança da escola e a declaração de um amigo da família compravam que o garoto foi retirado da escola pelo pai, por isso o caso não pode ser configurado como sequestro e, portanto, não se trata de questão criminal. Por este motivo, não foi aberto inquérito para apurar o caso. ''Por se tratar do pai, ele ainda possui poder familiar sobre a criança, mesmo que não tenha a sua guarda.'' Ele explicou que a entrada do pai na escola, onde teria agido de forma agressiva, poderia ser configurada como violação de domicílio, mas como não houve flagrante é necessário que a escola entre com uma representação, o que até o momento não foi feito.