Cerca de 50 catadores de material reciclável de Curitiba se reuniram ontem na Boca Maldita, no centro da cidade, para uma manifestação, que coincindiu com o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
À tarde, os carrinheiros se dirigiram em passeata até o Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, onde pretendiam entregar ao governador eleito Roberto Requião (PMDB) uma carta com as reivindicações dos trabalhadores.
Eles pedem, principalmente, a inclusão dos catadores de papel nos programas de coleta seletiva do município e, também, na Política Nacional de Resíduos Sólidos, que está sendo discutida na Câmara Federal.
A busca pelo reconhecimento como trabalhadores vem motivando os catadores a se organizarem em cooperativas ou grupos de trabalho. O Centro de Apoio ao Trabalho Integrado (Cati) é um exemplo dessa iniciativa. O grupo de ‘recicladores autônomos’ – como se intitulam – ainda é pequeno (seis pessoas), mas quer conquistar novos adeptos.
Eles alugaram um barracão e dispõem de toda a infra-estrutura para a coleta e separação dos materiais. A idéia é ficar livre dos ‘atravessadores’ que, em muitos casos, acabam lucrando em cima dos catadores, que fazem o trabalho pesado.