O juiz da Central de Inquéritos, Joscelito Giovani Sé, determinou que promotores e policiais envolvidos na investigação do atentado à Promotoria de Investigações Criminais (PIC) não forneçam mais informações à imprensa. Jornalistas procuraram o juiz na tarde de ontem para saber os motivos que o levaram a decretar o sigilo na condução do inquérito, mas ele não foi localizado.
Uma fonte ligada à investigação diz que a decisão do juiz precisa ser encarada como "normal". "Todos já sabem quem foram os autores do incêndio criminoso. A decretação do sigilo é importante neste momento porque pode conduzir aos mandantes do atentado", analisa. Amanhã termina o prazo para que a polícia apresente o inquérito policial ao Ministério Público. A promotoria terá cinco dias para opinar sobre as investigações e decidir se pede novas diligências ou oferece denúncia contra os acusados na Justiça.
O segundo tenente Alberto Silva Santos é apontado como o organizador do atentado. O policial civil Edson Clementino da Silva, o "Lambe-Lambe", e o taxista Alexsandro Ribeiro, o "Magrão", teriam sido contratados pelo tenente para ajudar a fazer o serviço. Santos e Magrão teriam entrado na promotoria para atear fogo em processos contra o crime organizado. Os três, o sargento Ademir Leite Cavalcante e o advogado Antônio Pellizzetti estão indiciados no inquérito. O advogado e o sargento entraram no caso depois que a polícia rastreou vários telefonemas dos acusados depois do atentado.