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Cuidado com o golpe!

Cartões de crédito em nomes de terceiros são vendidos nas redes sociais

Fernanda Circhia - Redação Bonde
09 fev 2018 às 20:33
- Arquivo/Agência Brasil
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Na internet é possível encontrar uma infinidade de produtos sendo vendidos por meio de grupos em redes sociais, sites e, até mesmo, via WhatsApp. No entanto, uma modalidade de golpe, que já não é tão nova assim, usa as redes sociais para tentar fazer pessoas caírem em armadilhas.

Você já deve ter visto alguma postagem em algum grupo no Facebook dizendo "Compre um cartão de crédito por R$ 200 com limite de R$ 1 mil para usar em até 30 dias" ou alguma informação parecida com esta.

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A reportagem do Portal Bonde teve acesso a uma postagem como esta mencionada acima e conversou com o dono da publicação. A postagem estava em um grupo conhecido em Londrina no Facebook, e foi colocada por um perfil feminino. No entanto, ao entrar em contato, um número para conversar no WhatsApp foi informado, com DDD de São Paulo e perfil masculino.

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Durante a conversa, foi perguntado como isso tudo funciona. A pessoa respondeu que tem vários cartões de crédito que recebe dos Correios e bancos com todas as bandeiras (Visa, MasterCard, Elo, entre outras). "Recebo vários cartões por dia, na faixa de 20 a 40. Como são muitos, não vence o gasto. Uso na faixa de um ou dois com limites de R$ 700 até R$ 18 mil. Tenho nesses valores a pronta entrega. Funciona assim, os cartões não vão em seu nome, vão em nome de terceiros. E também não vai fatura, você só paga o valor que passo na tabela. Acabando o limite, você pode descartar o cartão. E depois você pode pedir outros", explica.

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Além disso, a pessoa ressalta que só trabalha com entrega pelos Correios via Sedex 10. Se for da mesma região, o prazo de entrega é de 24 horas até dois dias úteis. "Não entrego em mãos. Se for na região se São Paulo, mando pelo moto bit. Os valores eu parcelo em até três vezes o limite para facilitar. Para mandar o cartão preciso dos seguintes dados: nome, CEP, número, o valor mínimo que você pode enviar, onde você trabalha e seu número de whats. O cartão eu já mando desbloqueado junto com a senha, ou passo a senha por whats, e-mail ou Facebook."


Reprodução/WhatsApp Grupo Folha
Reprodução/WhatsApp Grupo Folha


A pessoa afirma que a tabela foi atualizada nesta semana. Se alguém quiser comprar um cartão com R$ 1 mil de limite, ela paga R$ 290. Se for de R$ 1,7 mil, paga duas parcelas de R$ 190. E os limites seguem até o valor de R$ 18 mil, pagando em duas parcelas de R$ 2,5 mil, três de R$ 1.667 ou quatro de R$ 1.260. "Uma parcela você paga no ato da compra, outra depois que usa, a terceira após 15 dias e a quarta e última, após um mês de uso." Outra coisa que o "vendedor" orienta é que o cliente deve usar o limite em até 30 dias, e que o uso é "totalmente seguro" e a conta não vai para ninguém.

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A reportagem conversou com Edgard Soriani, delegado do 1º Distrito Policial de Londrina, que disse já ter investigado casos desse tipo. "Eles conseguem obter os dados bancários das pessoas por meio de sites fantasmas que infectam computadores com algum malware e vendem para as pessoas fazerem compras. Muitas vezes, eles não sabem quanto tem de dinheiro. Existem grupos específicos para fraude. E é importante lembrar que quem compra um cartão como este está sendo conivente e pode responder por estelionato."


Outra forma que podem utilizar para conseguir esses cartões é solicitando em estabelecimentos como supermercados ou lojas de departamentos, informando dados de um terceiro, entre outras possibilidades.

No entanto, o delegado afirma que é muito complicado conseguir pegar essas pessoas. "Eles utilizam perfis falsos nas redes sociais e, em 99% das vezes, os números de WhatsApp são criminosos. Eles usam e já descartam. Se ainda fosse com DDD da região seria mais fácil de investigar." Para se proteger, o delegado ressalta que é importante fazer compras online somente em sites considerados seguros. E, claro, ficar sempre atento às páginas quando for realizar algum pagamento na internet, pois algum vírus pode duplicar a página virtual e o pagamento pode ser feito aos fraudadores.


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