Paraná

Campanha alerta para riscos com fogos de artifício

30 dez 2010 às 09:29

Com a chegada do fim de ano, nas celebrações muitas pessoas acabam associando o consumo de bebidas alcóolicas à manipulação inadequada dos fogos de artifício. O resultado, é claro, só poderia ser explosivo. A Associação Brasileira de Cirurgia de Mão (ABCM) alerta que durante o Rèveillon e as festas juninas os acidentes com fogos de artíficios crescem e o resultado são sequelas para toda a vida. De acordo com estatísticas da ABCM, uma em cada dez pessoas que sofrem acidentes com fogos de artifício tem membros amputados, principalmente os dedos.

Os dados da ABCM apontam que o uso de fogos de artifício pode provocar queimaduras em 70% dos casos; lesões com cortes e lacerações em 20% e amputações em 10%.


Segundo o ortopedista londrinense Paulo Marcel Yoshii, especialista em Mão e Membro da ABCM, o uso indequado dos materiais pode causar ainda lesões como perda de visão ou auditiva. ''As pessoas mais atingidas são homens na faixa etária de 15 e 50 anos, ou seja, parte da população economicamente ativa, e crianças entre 4 e 14 anos'', explica.


Conforme Yoshii, o objetivo da campanha da ABCM é alertar sobre os riscos da prática irresponsável e manter a população longe desses perigos. ''Até porque existem profissionais que realizam esses shows pirotécnicos e são especialmente capacitados e especializados'', diz.


Para o especialista, ainda falta conscientização das pessoas em relação ao uso. ''Existe inclusive uma lei que proíbe a venda para crianças desses fogos, mas que não é respeitada em muitas regiões do país, como no Nordeste'', completa. ''Eu aconselho que as pessoas evitem a utilização quando não estiverem realmente capacitadas, pois correm altos riscos de lesões irreversíveis com sequelas para toda vida'', enfatiza.


Yoshii alerta que, no caso de acidentes com fogos de artifício, deve-se proteger a mão, principalmente a queimadura, enrolando-a com pano limpo e procurar hospital imediatamente. ''Nunca utilizar remédios caseiros ou outros produtos sem recomendação médica'', ressalta. ''O socorro correto pode minimizar as sequelas causadas pelos acidentes''.



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