O balanço é do presidente da Associação Brasileira de Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet (Abranet), Roque Abdo.
Ele mesmo é dono de um provedor pequeno, com menos de 2.000 assinantes, que atende o mercado corporativo. Segundo Abdo, o Picture Internet, que teve faturamento de 1 milhão de dólares em 2000, reflete a realidade do mercado brasileiro.
"Meu provedor é pequeno, mas tem faturamento de provedor médio porque é voltado para o acesso corporativo e serviços agregados", afirmou Abdo à Reuters na quarta-feira.
Segundo o presidente da Abranet, os provedores pequenos estão oferecendo cada vez mais serviços. "A receita é muito maior do que o número de usuários que atendem, não é proporcional", disse.
O levantamento feito pela Abranet contou como um só todos os acessos locais dos quatro grandes provedores -- UOL, BOL, Terra e iG. Os provedores médios, atendendo entre 15 mil e 40 mil internautas, são dez, no máximo, segundo Abdo.
Ele acredita que os provedores pequenos vão sobreviver às projeções de que haverá uma forte consolidação no mercado brasileiro que preservaria apenas 50 empresas.
"Os pequenos têm vida longa", disse Abdo. "Eles estão dentro da comunidade, a conhecem, não precisam ter conteúdo, têm que prestar conexão de boa qualidade e suporte", afirmou.
Um dos fatores de surgimento dos pequenos provedores é baixa cobertura dos grandes, que ainda atendem a menos de 10 por cento dos 5.500 municípios brasileiros. Os pequenos frutificam nas cidades menores e remotas.
"Diferente dos grandes provedores, que têm que investir cada vez mais, os pequenos são lucrativos todo dia", comentou Abdo. A região Sudeste do país concentra 720 provedores, a Sul, 233, o Nordeste, 138, o Centro-oeste, 91 e o Norte, 59.
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