Testes realizados pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) com o apoio de fiscais da Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar) e agrônomos da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab) constataram que são transgênicas as cerca de três mil toneladas de soja de origem paraguaia e brasileira que estão armazenadas no porto de Paranaguá.
Do total, pouco mais de mil toneladas foram produzidas no Paraguai. Os testes foram realizados com amostras de dois dos quatro terminais do porto onde estão estocadas 70 mil toneladas de soja paraguaia e brasileira.
Segundo o superintendente da APPA, Eduardo Requião, o Governo do Paraná optou por fazer a fiscalização depois de receber denúncias que empresas multinacionais estariam misturando soja convencional com transgênica e exportando pelo portos paranaenses como produto do Paraná.
Eduardo Requião também frisou que o Governo do Paraná não pretende prejudicar o Paraguai, mas pretende discutir com as autoridades do país o problema da terceirização do terminal do país para a multinacional ADM.
O superintendente deve se reunir com autoridades do país vizinho nos próximos dias para resolver a remoção da soja e a questão do terminal.
O superintende também revelou que as 70 mil toneladas de soja suspeitas que estão armazenadas em Paranaguá representam pouco, perto dos seis milhões de toneladas que o portos paranaenses devem exportar do produto até o final do ano, o que deve gerar uma receita cambial só com a soja de US$ 5 bilhões e torna o porto paranaense o maior exportador de grãos do país e da América Latina.
Fonte: Agência Estadual de Notícias