A secretária de Estado da Educação, Alcyone Saliba, garantiu que a resolução nº 3651/2000, que possibilitou o remanejamento do corpo administrativo das escolas públicas com até 160 alunos e também dos funcionários, não será revogada. Ela disse que a medida já foi implantada e que será monitorada por um ano. Apenas após esse período, é que mudanças poderão ser feitas. "Após um ano poderemos fazer ajustes", declarou ela.
Alcyone Saliba foi recebida na primeira secretaria da Assembléia Legislativa, por um grupo de parlamentares. A intenção inicial dos deputados estaduais era a de convencer a secretária a revogar ou modificar a resolução, chamada de "porte de escola". Eles ameaçavam encaminhar à mesa executiva um decreto legislativo suspendendo a medida.
"Nos preocupa o fato dessa medida ter sido aprovada e baixada nas férias escolares, durante o recesso parlamentar", ponderou o deputado estadual Algaci Tulio (PTB), integrante da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, minutos antes da reunião que durou cerca de duas horas.
Eles apresentaram um abaixo-assinado feito em Faxinal do Céu (76 quilômetros do sul de Apucarana) com cerca de 350 assinaturas, pedindo a revisão da resolução. As principais preocupações apresentadas eram em torno da possibilidade de fechamento de escolas, abandono dos prédios públicos e piora na qualidade de ensino.
Mas os deputados que estavam preocupados com a resolução, acabaram aceitando as argumentações da secretária. "A secretária nos garantiu que não haverá abandono nas escolas. Teremos diretores itinerantes, que cuidarão de várias escolas. E um secretário que ficará responsável pela parte administrativa", justificou o deputado Orlando Pessuti (PMDB), líder da Oposição na Assembléia Legislativa.
"Houve a garantia de que nenhuma escola ou turma será fechada. Isto é o mais importante", disse o deputado Moysés Leônidas (PSB). O deputado Algaci Tulio disse que a comissão pediu para que a secretária apresente o estudo feito junto aos núcleos sobre o grau de aprovação dos pais de alunos à resolução. "Tivemos a resistência de diretores, que tiveram que voltar para as salas de aula. Mas parece que os pais estão aprovando a medida. Vamos analisar isso", declarou ele.
Até o início das atividades parlamentares, no próximo dia 15, nenhuma reunião da comissão deverá ser feita. "A nova presidência eleita da comissão deverá avaliar isso", disse Tulio.