O Vaticano pretende divulgar um documento reiterando que a única Igreja de Cristo é a Igreja Católica e, com isso, confirmará a declaração ''Dominus Iesus'' do ano 2000, que suscitou fortes polêmicas no mundo cristão. A revelação foi feita nesta sexta-feira (06) pela imprensa italiana.
Segundo a agência I-Media especializada em notícias do Vaticano, este documento da Congregação para a Doutrina da Fé - antigo Santo Ofício - será publicado no dia 10 de julho. Este texto voltará a afirmar que a Igreja de Cristo está ''realmente e unicamente na Igreja Católica'', segundo Il Giornale.
O objetivo é combater ''o relativismo eclesiológico'', condenado pelo papa Bento XVI, segundo o qual todas as igrejas que dizem fazer parte do cristianismo têm o mesmo nível de verdade ou que cada uma delas não tem mais que uma parte dessa verdade.
Antes de se tornar Papa com o nome de Bento XVI, o cardeal Joseph Ratzinger presidia a Congregação para a Doutrina da Fé, e a declaração ''Dominus Iesus'' foi divulgada sob sua responsabilidade.
Essa declaração, segundo a qual apenas a Igreja Católica dispõe de todos os meios de salvação, causou comoção em meio às igrejas protestantes, classificadas de simples ''comunidades eclesiásticas'' pela ''Dominus Iesus''.
Il Giornale informa que a declaração a ser divulgada pelo próximo documento do Vaticano se refere a uma frase do texto do Concílio Vaticano II ''lumen gentium'' (a luz das nações, sobre a missão universal da Igreja), que afirma que a única Igreja de Cristo ''subsiste'' na Igreja Católica.