Ainda não há informações confirmadas sobre o motivo de os estudantes brasileiros Patrícia Rangel e Pedro Luiz do Rêgo Lima terem ficado retidos no Aeroporto Internacional de Barajas, em Madri, segundo o cônsul-geral do Brasil na Espanha, Gelson Fonseca. O diplomata, no entanto, acredita que eles foram barrados por não possuírem a quantidade mínima de dinheiro exigida como pré-requisito para entrada no país.
"Para entrar na Europa como turista, o viajante precisa levar no mínimo 60 euros [R$ 153] para cada dia de hospedagem", esclareceu o cônsul em entrevista à Agência Brasil.
Além do dinheiro, o turista precisa comprovar hospedagem. "É preciso ter um voucher do hotel onde irá ficar ou, no caso de se hospedar na casa de alguém, uma carta-convite feita na delegacia de polícia [da Espanha]", explicou Fonseca.
Também é indispensável apresentar a passagem de volta. "Você tem ainda os pré-requisitos subjetivos. Se você é turista, precisa mostrar que é turista, enumerando por exemplo os lugares que você vai visitar", acrescentou o embaixador.
Em média, 10 a 12 brasileiros são barrados diariamente na Espanha, segundo o cônsul. Mas cerca de 30 estavam retidos junto com Pedro e Patrícia. "Não posso precisar exatamente quantas pessoas foram barradas ontem. Havia 30 na sala, mas podem ser por exemplo dez do dia anterior e 15 daquele dia, todos esperando para embarcar", disse Fonseca.
Os dois estudantes são mestrandos do Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro (Iuperj) e viajavam para participar de um Congresso da Associação Portuguesa de Ciências Políticas, em Lisboa.
Agência Brasil