O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, protestou de forma enérgica contra o tiroteio ocorrido na noite de sexta-feira na Praça Altamira, bastião da oposição no leste de Caracas.
Segundo o ministro, o tiroteio na Praça Altamira ''faz parte de uma série de acontecimentos que parece não ter fim''. Cabello pediu à população que não faça julgamentos prematuros e garantiu que o incidente será profundamente investigado pelas autoridades. E garantiu que o governo está ''comprometido'' com a apuração da verdade, que neste caso ''é urgente e imperiosa''. ''Devemos buscar o autor, a causa e as pessoas por trás deste ato'', disse ele.
Ao menos três pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas no tiroteio que ocorreu durante uma manifestação da oposição ao governo do presidente Hugo Chávez. Logo após o anoitecer, quatro pessoas não identificadas teriam feito disparos no local, depois que os líderes da manifestação anunciaram a continuidade da greve geral, que chegou ao seu sexto dia.
As TVs mostravam poças de sangue e feridos sendo socorridos na praça Altamira, onde estão, desde 22 de outubro, 14 generais e almirantes que se rebelaram contra o presidente Hugo Chávez. Pessoas se atiravam ao chão para fugir do tiroteio. O corpo de uma das vítimas foi coberto com uma bandeira venezuelana.
Um suspeito foi detido e levado a um hotel próximo pela polícia, para protegê-lo da multidão que tentava linchá-lo. Dezenas de pessoas também buscaram abrigo contra os tiros no hotel, que funcionava como um quartel-general dos militares rebeldes.