Pelo menos 64 pessoas morreram e 20 mil casas foram danificadas na China nesta sexta-feira (7), quando uma série de terremotos - um deles de magnitude 5,7 - atingiu a fronteira entre as províncias de Yunnan e Guizhou, no sudoeste do país, segundo informações da agência estatal de notícias Xinhua. Cerca de 200 mil habitantes da região tiveram de deixar suas casas.
Mais de 550 pessoas ficaram feridas. As mortes confirmadas ocorreram em Yunnan, segundo a imprensa chinesa. De acordo com a prefeitura de Zhaotong, 49 mortes foram registradas em Yiliang, cidade vizinha de Luozehe, onde foi detectado o epicentro do terremoto.
Autoridades estimam que o número total de pessoas afetadas pelos terremotos nas duas províncias seja de 700 mil. O tremor mais forte ocorreu por volta das 11 horas locais (0h em Brasília), a uma profundidade de 14 quilômetros, e foi seguido por 16 réplicas, de acordo com o Centro de Controle de Terremotos da China.
"Foi aterrorizante. Meu irmão morreu ao ser atingido por uma pedra. As réplicas não paravam", disse o mineiro Peng Zhuwen. O prefeito de Luozehe, Li Fuchun, disse que "o mais difícil para o resgate é chegar às áreas mais afetadas". "As estradas estão bloqueadas. As equipes de socorristas têm de escalar montanhas."
O oeste da China é uma região com frequente atividade sísmica. Em 2010, um tremor de magnitude 7,1 na escala Richter, na Província de Qinghai, deixou 300 mortos e mais de 8 mil feridos. Em 2003, um tremor de intensidade similar à do sismo de ontem deixou quatro mortos e 594 feridos em Ludian.
Na mesma parte do país, mas na Província de Sichuan, ocorreu em 2008 o terremoto mais forte em mais de 30 anos na China, com 62 mil mortes. A tragédia foi atribuída, na época, à baixa qualidade das construções, principalmente escolas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.