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Sequestrador pode ter morrido em ato sexual na prisão

10 out 2013 às 20:30

O sequestrador Ariel Castro, achado enforcado na sua cela, em setembro, pode não ter cometido suicídio, e sim morrido acidentalmente durante um ato sexual, sugeriu um boletim investigativo divulgado nessa quinta-feira, 10, por autoridades de Ohio.

O relatório do Departamento de Reabilitação e Correção também disse que as autoridades carcerárias falsificaram prontuários e deixaram de fazer verificações de rotina na cela de Castro em 3 de setembro, data em que ele morreu.


Castro cumpria pena de prisão perpétua acrescida de mil anos de detenção por ter raptado, torturado e mantido em cárcere privado durante cerca de uma década três jovens de Cleveland.


Ele havia sido retirado em junho da lista de possíveis suicidas, mas precisava ser monitorado por guardas a cada 30 minutos.


"Parece não haver motivação conhecida e substanciada para a morte autoinflingida", afirmou o relatório. O relatório detalha, ainda, que a calça e a cueca de Castro estavam abaixadas até o tornozelo quando ele foi achado enforcado com um lençol, mas o documento admite que a relevância dessa informação "não está clara".


Essas circunstâncias foram passadas à Patrulha Rodoviária do Estado de Ohio, para que seja "levada em consideração a possibilidade de asfixia autoerótica", uma forma de masoquismo sexual em que o fluxo de oxigênio para o cérebro é reduzido, a fim de intensificar o prazer da masturbação.


Dois agentes correcionais de Ohio foram afastados dos seus cargos por causa da morte de Castro e podem ser sancionados e exonerados, segundo o relatório.


O relatório sobre a morte de Castro diz que ele não deixou bilhete de suicida, e que na cela havia uma Bíblia aberta no evangelho de João, além de fotos da sua família organizadas numa espécie de mural.


Em documentos achados na cela, Castro se queixava de agressões verbais de outros presos e de funcionários, e manifesta o temor de que alguém estivesse adulterando sua comida, segundo o relatório. O texto diz que os temores sobre a comida pareciam ser injustificados.


Castro protagonizou um caso de grande repercussão mundial, por ter mantido como prisioneiras três moças, hoje com idades entre 23 e 32 anos, que conseguiram fugir da casa dele em 6 de maio. Uma menina de 6 anos, filha de Castro com uma das reféns e nascida em cativeiro, também foi libertada na ocasião.

Em agosto, Castro confessou mais de 900 crimes de sequestro, estupro e homicídio, pois uma das mulheres havia sido forçada a abortar.


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