A menos de duas semanas de sua realização, o referendo sobre armas de fogo já provocou um efeito direto nas lojas especializadas e armamento e munição. A procura por balas de revólveres e pistolas, em especial, tem até reduzido os estoques de algumas lojas, segundo os comerciantes.
Nos últimos meses, a Polícia Federal também registrou uma elevação acentuada no número de registros, recadastramentos e transferências de armas. De maio a agosto, este número triplicou. A explicação de lojistas e policiais é uma só: com a perspectiva de que o referendo proíba o comércio de armas e munição, muitas pessoas têm procurado formar uma reserva de projéteis em casa ou adquirir uma arma antes que isso seja vetado por lei.
Segundo os comerciantes, muitos clientes têm comprado 50 balas de uma só vez - quantidade máxima que cada proprietário de arma pode adquirir ao longo de um ano. Até então, a maior parte das vendas nas lojas era de embalagens com apenas seis ou dez unidades (preços que variam em média de 30 a 50 reais).
Diante do empasse, as lojas especilizadas não estão renovando seus estoques para não correrem o risco de ficar com a mercadoria sem poder comercializá-la, caso o referendo aprove a proibição da venda.
Referendo
No dia 23 de outubro, os brasileiros vão responder nas urnas se "o comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no país". As últimas pesquisas mostram que o "sim" deve ser a opção de uma ampla maioria dos eleitores.
Fonte: Reuters