O procurador da República da França, François Molins, afirmou hoje (7) que, além de ter causado a morte de 12 pessoas, o ataque terrorista à sede do jornal Charlie Hebdo, em Paris, deixou 11 feridos, quatro deles em estado grave. A polícia ainda procura os assassinos, que, segundo Molins, durante o atentado gritaram "Alá é grande" e "Vingamos o profeta".
Charges do profeta publicadas no jornal satírico francês já haviam causado fortes protestos entre a comunidade muçulmana no passado. Na manhã de hoje, três homens encapuzados e fortemente armados entraram na redação do jornal e começaram a atirar contra alguns empregados, entre eles o diretor da publicação, Stéphane Charbonnier, de 47 anos, e Geoges Wolinski, de 70 anos, considerado um dos maiores cartunistas do mundo.
De acordo com testemunhas, os assassinos anunciaram os nomes de alguns cartunistas antes de matá-los. No atentado, dois policiais também foram mortos. Algumas pessoas filmaram com celulares o momento em que os terroristas deixaram o local em um carro. As imagens, divulgadas em vários meios de comunicação, mostram que, antes de entrar no veículo, eles executaram um policial, que já estava ferido, com um tiro na cabeça.
Vários líderes mundiais, como os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, do Brasil, Dilma Rousseff, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o papa Francisco, além de entidades como a Liga Árabe, condenaram o atentado e demonstraram solidariedade ao governo da França e aos franceses.
Por meio de nota, Obama também afirmou que autoridades norte-americanas estão prontas para qualquer apoio. Os assassinos ainda não foram encontrados e nenhum grupo reivindicou a autoria dos ataques.