Sheikha Mahra, 30, princesa de Dubai, viralzou no último sábado (20) nas redes sociais após pedir divórcio de seu marido, o empresário Mana Al Maktoum. Ela usou uma regra chamada de triplo talaq, que ficou popular no Brasil graças a novela "O Clone" (2001), na Globo.
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Na postagem, Sheikha afirmou: "Querido marido, como você está ocupado com outras companhias, eu declaro o nosso divórcio. Eu me divorcio de você, eu me divorcio de você, eu me divorcio de você. Cuide-se. Sua ex-esposa".
O triplo talaq é uma prática islâmica que, apesar de não estar expressa no Alcorão, previa que homens pudessem se divorciar instantaneamente após dizer a palavra "talaq" três vezes seguidas. A ação foi proibida em 23 nações, incluindo os Emirados Árabes Unidos.
A prática é considerada machista por movimentos feministas. A Índia foi um dos últimos países a banir o triplo-talaq, após uma comoção nacional movida pelo grupo militante Movimento das Mulheres Muçulmanas Indianas.
Em levantamento realizado pelo 2016 pelo MMMI, que trouxe dados coletados desde 2007, revelaram que muitas das mulheres que se separaram através do triplo talaq não tiveram qualquer amparo após o divórcio. 40% delas não recuperaram nem as próprias joias que ganharam dos maridos.
No Brasil, a prática ficou famosa no início dos anos 2000 graças a novela "O Clone", um dos grandes sucessos da Globo. De autoria da escritora Gloria Perez, a produção contava a história da cultura muçulmana, especialmente no Marrocos.
Uma de suas cenas mais clássicas é quando Jade (Giovanna Antonelli), então casada com Said (Dalton Vigh), se divorcia dele após o homem fazer o triplo talaq. "Eu te repudio. Eu te repudio. Eu te repudio!", disse Said, para desgosto de Ali (Stênio Garcia), tio de Jade.