Neste domingo, foi feita a transferência dos últimos 74 presos do complexo penitenciário do Carandiru, na Zona Norte de São Paulo, para penitenciárias em cidades do interior. Com a transferência, a Casa de Detenção foi desativada oficialmente. O governo paulista pretende implodir três dos nove pavilhões do complexo que já abrigou 7.200 presos no ano passado.
O número elevado de presos possibilitou dois momentos graves de conflito, nos 46 anos de funcionamento, com a rebelião de presos do pavilhão 9, em outubro de 1992, terminando com 111 mortos. E a rebelião de fevereiro de 2001, coordenada por membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Um dos motivos da desativação é desestruturar o grupo que comanda o PCC.
A Penitenciária do Estado, a Penitenciária Feminina e o Hospital dos Presos, que mantêm 3.200 detentos, não serão desativados. O governo do estado vai construir no local o Parque da Juventude, com atividades educacionais e de lazer.