O presidente da França, François Hollande, disse nesta quarta-feira (18) que uma "ampla coalizão" com a participação da Rússia e dos Estados Unidos poderá "disparar" o golpe decisivo contra o Estado Islâmico.
O anúncio ocorreu um dia depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ordenar a elaboração de um plano de ações conjuntas no mar e no ar com a Marinha francesa, depois de encarregar o cruzador Moskvá de estabelecer contato com o grupo naval francês no Mediterrâneo.
De acordo com o Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, este foi o sinal para o início da cooperação entre a Rússia e a França no combate ao Estado Islâmico, grupo terrorista proibido nesses países.
O Estado Islâmico, com sedes no Iraque e na Síria, assumiu a responsabilidade pelo múltiplo atentado de sexta-feira (13) à noite em Paris, que matou mais de 130 pessoas.
Segundo o Estado-Maior das Forças Armadas, a Rússia enviou sua Força Aeroespacial à Síria em 30 de setembro, atendendo pedido do governo de Bashar Assad. A aviação russa realizou quase 2 mil missões de combate, destruindo mais de 2,7 mil alvos dos terroristas.
A notícia de terça-feira (17) se espalhou pela mídia francesa. O jornal Le Figaro até criou uma sondagem perguntando "Você é a favor de que a coalizão contra o Estado Islâmico inclua a Rússia?". Até o momento, 92% dos mais de 70 mil respondentes votaram positivamente.