O Congresso do Paraguai aprovou a expropriação de 14 mil hectares, que estavam em poder de um latifundiário da Alemanha, para entregá-las à comunidade indígena Sawhoyamaxa, da etnia Enxet. A sentença foi dada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Mas o governo tem esbarrado em problemas financeiros para poder pagar as terras.
O cacique da comunidade, Leonardo Gonzáles, disse nesta quinta-feira que na noite de ontem a Câmara dos Deputados aprovou a expropriação, que já contava com a aprovação preliminar do Senado.
"Agora queremos falar com o presidente Horácio Cartes para que se assine o decreto de promulgação da lei, mas também buscamos conversar com o ministro da Fazenda, German Rojas, para que se inicie a negociação para pagar pela expropriação", destacou o cacique.
O advogado dos Enxet, Ireneo Téllez, afirmou que "o governo não tem dinheiro disponível no momento para pagar pela expropriação, mas pode obtê-lo". Ele contou que, segundo uma avaliação feita em 2013 pelo Ministério de Obras Públicas, "cada hectare tem o preço oficial de US$ 700".
A tribo Sawhoyamaxa está localizada a cerca de 370 quilômetros a noroeste de Assunção, na região de Chaco Boreal.