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Papa Francisco manifesta satisfação com reaproximação entre Cuba e Estados Unidos

18 dez 2014 às 18:22

O papa Francisco manifestou hoje (18) satisfação com a decisão de Cuba e dos Estados Unidos de restabelecer relações diplomáticas, interrompidas desde 1961. O anúncio da reaproximação entre os dois países foi feito ontem (17) pelos presidentes Raúl Castro, de Cuba, e Barack Obama, dos Estados Unidos.

Recentemente, o papa escreveu aos dois presidentes, convidando-os a resolver "questões humanitárias de interesse comum, entre as quais a situação de algumas pessoas detidas", diz nota divulgada nesta quinta-feira pela Secretaria de Estado do Vaticano. Em outubro, a Santa Sé recebeu no Vaticano delegações dos dois países e ofereceu-se para intermediar um diálogo construtivo sobre temas delicados, do qual nasceram soluções satisfatórias para ambas as partes, lembra o comunicado.


"A Santa Sé continuará a assegurar seu apoio às iniciativas que as duas nações tomarão para incrementar as relações bilaterais e favorecer o bem-estar dos respectivos cidadãos", conclui a nota do Vaticano.


Em mensagem divulgada em Havana, o presidente Raúl Castro agradeceu os esforços do chefe da Igreja Católica pela reaproximação entre Cuba e Estados Unidos. "Agradeço o apoio do Vaticano e do papa Francisco por ter contribuído para melhorar as relações entre Cuba e Estados Unidos", diz a mensagem de Castro.


Nos Estados Unidos, a Conferência Episcopal considerou encorajador o anúncio, pelo governo Obama, de ações que vão favorecer o diálogo, a reconciliação, o comércio, a cooperação e o contato entre as duas nações e seus cidadãos. "Cremos que este é o momento para os Estados Unidos estabelecerem relações diplomáticas plenas com Cuba", afirma, em comunicado, a entidade que representa os bispos americanos.

Os bispos cubanos, por sua vez, ressaltaram que as declarações feitas por Castro e Obama marcam uma nova etapa nas relações entre os dois países. Em nota, a Conferência Episcopal de Cuba manifesta gratidão especial ao papa Francisco, que reconhece "como um importante mediador" e diz esperar que a retomada do diálogo entre os dois países contribua para o bem-estar material e espiritual do povo cubano.


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