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Onda de frio já matou quase 400 pessoas na Europa

07 fev 2012 às 19:31

Rios transbordaram nesta terça-feira na Bulgária e na Grécia e deixaram dezenas de casas debaixo da água. As autoridades búlgaras declararam um dia de luto pela morte de oito pessoas após o rompimento de uma barragem inundar a vila de Bisser, onde moravam. A agência de defesa civil da Bulgária avisou que duas barragens maiores estão à beira de transbordar e os moradores foram alertados a se preparar para uma possível retirada. As autoridades iniciaram uma liberação controlada da água das barragens a fim de evitar o transbordamento. O número de mortos pela onda de frio na Europa, que ontem era de 364 pessoas, se aproxima dos 400. Na Itália, as autoridades informaram hoje, segundo a agência Ansa, que 36 pessoas foram mortas pela onda de frio - 26 óbitos ocorreram de ontem para hoje ou foram comunicados nesta terça-feira, o que elevou o total de mortes pelo frio na Europa para 396 pessoas nos últimos dez dias, somadas mais seis pessoas que morreram na Polônia nas últimas 24 horas.

Na Ucrânia, país onde o frio já matou mais pessoas - 135 até a última contagem oficial - serviços de emergência usaram helicópteros para resgatar marinheiros que ficaram retidos em um navio preso no Mar de Azov, que congelou. Pelo menos 2.150 pessoas foram hospitalizadas na Ucrânia com sintomas de hipotermia e congelamentos de mãos e pés.


Na Polônia, mais 6 pessoas foram mortas pelo frio nas últimas 24 horas, informou o Ministério do Interior em comunicado. Isso elevou a 68 o total de mortos na Polônia pela onda de frio nos últimos dez dias.


Europeus em todo o continente encaram há mais de uma semana condições meteorológicas extremas, com milhares presos pela neve em regiões remotas e montanhosas nos Bálcãs, com centenas - a maioria deles sem-teto - mortos após as temperaturas chegaram a -36ºC e com as autoridades enfrentando a perspectiva de inundações por causa do derretimento do gelo.


Após a barragem se romper, as ruas na vila de Bisser (Bulgária) ficaram cobertas com lama, enquanto os moradores regressavam às suas residências completamente alagadas. Ao menos uma dúzia de casas desabaram, árvores bloqueavam as estradas e carros destruídos acabaram abandonados em ruas desertas. Além disso, funcionários foram recolher animais mortos das ruas ainda cobertas pela neve.


Na Grécia, os socorristas tiveram de ajudar cinco idosos a sair de suas casas inundadas após o rio Evros (Maritza) transbordar perto da fronteira nordeste do país com a Bulgária. Vários moradores idosos também foram retirados durante a noite de outras três vilas na área.


Autoridades gregas de proteção civil disseram que uma mulher de 40 anos se afogou em uma enxurrada no leste do Mar Egeu, na ilha de Symi, na segunda-feira. Nevascas foram relatadas no norte da Grécia, prejudicando o tráfego rodoviário e causando o corte de energia em áreas remotas.


Na Itália, o governo informou nesta terça-feira que 36 pessoas foram mortas pela onda de frio, em grande parte sem-teto desabrigados no norte do país ou idosos que se acidentaram. Perto de Bolonha, um caminhoneiro de 62 anos morreu de hipotermia, dentro do veículo preso na neve. Em Pádua, na região do Vêneto, uma mulher morreu afogada no rio Brenta, onde mergulhou para tentar salvar seu cachorro que caiu na água após o gelo em que caminhava na margem se romper. Na região da Basilicata (sul) o exército conseguiu salvar seis caminhoneiros que estavam bloqueados pela neve em uma estrada nas montanhas, entre Matera e Spinazzola. Neva na Basilicata e na região vizinha da Campanha há mais de 48 horas, segundo a Ansa, e na Toscana o rio Arno, que corta a cidade de Florença, começou a congelar.


Na Romênia, 127 comunidades estão isoladas pela neve e 1.100 pessoas passaram a madrugada de hoje retiradas em dois trens nas planícies. Uma empresa de eletricidade informou que 60 mil pessoas estão sem energia.

As informações são da Associated Press.


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