Mundo

Número de mortos em Bangladesh pode chegar a 10 mil

18 nov 2007 às 16:59

Pelo menos três mil pessoas morreram na passagem de um forte ciclone por Bangladesh, na última quinta-feira, indicam as mais recentes estimativas oficiais. A Cruz Vermelha estimou neste domingo (18) que o número de vítimas fatais pode chegar a 10 mil.

Três dias após a desvatadora passagem de Sidr pela costa sul do país, equipes de resgate ainda enfrentam dificuldades para chegar a milhares de sobreviventes.


Os socorristas utilizam navios e helicópteros para alcançar áreas atingidas onde o acesso por terra está prejudicado, com estradas bloqueadas por destroços e linhas de telefone e eletricidade cortadas.


Parte dos sobreviventes não come desde que o ciclone passou por Bangladesh, outros ainda esperam a atenção médica que precisam.


Como parte dos esforços de reconstrução, a energia começa a ser restaurada na capital, Dhaka, e em outras cidades.


Elefantes também estão sendo usados para retirar os destroços mais pesados de algumas estradas.


A força da tempestade, com ventos de até 240 km/h, destruiu fontes importantes de alimentos. Autoridades dizem que em várias áreas 95% do arroz que aguardava a colheita foi destruído.


O Programa Mundial de Alimentos da ONU enviou suprimentos de emergência para 400 mil pessoas. O governo, o Crescente Vermelho e outras ONGs também enviaram equipes para o país.


Segundo a ONU, as necessidades mais urgentes são de comida, tabletes para purificação de água e remédios.


Retirada - Segundo as autoridades, cerca de 650 mil pessoas foram retiradas de suas casas antes da chegada do ciclone.


Muitas conseguiram chegar a abrigos improvisados em escolas e mesquitas no interior do país.


Alaistar Lawson, enviado especial da BBC a uma das cidades atingidas, Mongla, diz que os moradores acreditam que um sistema de alerta de ciclones ajudou a salvar muitas vidas.


Em Bangladesh, os ciclones são comuns, mas este é o mais devastador desta estação, segundo as autoridades locais.

O sistema de alerta, assim como a rede de abrigos, foram criados em 1970, quando um ciclone matou mais de 500 mil pessoas no país.


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