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Lula rebate críticas e diz que o Fome Zero não é esmola

24 fev 2003 às 16:08

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, na sede da Confederação Nacional do Comércio (CNC), protocolo para ampliar o programa Mesa Brasil Sesc.

Com a medida, o governo pretende dar abrangência nacional às iniciativas regionais encrementadas no programa Mesa Brasil Sesc, de forma a beneficiar brasileiros de todo o país.


A meta do programa 2003 é chegar a 4 milhões de quilos de alimentos doados, o que nos cálculos do governo significará 16 milhões de refeições complementadas. Até 16 de outubro deste ano, o governo pretende implantar o Mesa Brasil Sesc em todas as capitais dos estados.


O programa é baseado em duas vertentes: a Colheita Urbana, que recolhe e seleciona, alimentos doados por empresas e os transporta diretamente a entidades sociais que atendem comunidades carentes; e o Banco de Alimentos, que recolhe e seleciona as doações e as encaminha aos locais de armazenamento e distribuição, onde as instituições cadastradas as buscam.


"Não é esmola" - Em discurso durante a solenidade, Lula rebateu as críticas de que o programa Fome Zero do governo federal é assistencialista e deveria promover a geração de empregos, ao invés de distribuir alimentos.


O presidente disse que o governo não está "dando esmola a ninguém. A fome não leva à revolução, mas a submissão", disse ele.


Lula afirmou que, enquanto o governo não pode fazer a economia crescer e gerar empregos, agradece àqueles que "estendem a mão e dão um prato de comida para quem não tem neste país".

Então, emocionado, o presidente Lula disse que milhares de crianças ainda morrem por desnutrição no país e enfatizou que o governo não pode ficar parado, "esperando o paraiso acontecer".


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