O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (10), em seu programa de rádio Café com o Presidente, que está convencido de que os senadores vão aprovar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
"É uma questão de responsabilidade e eu estou tranqüilo, estou convencido que, em todos os partidos políticos, a maioria dos senadores quer votar favorável à CPMF. Obviamente que tem pressão de um ou de outro partido político, mas eu acho que o bom senso vai prevalecer", afirmou Lula. A votação da prorrogação do imposto no Senado está prevista para amanhã (11).
O presidente disse que não pensa na possibilidade de o país não ter mais a CPMF. "Estou convencido de que o Senado está maduro, está preparado para fazer essa votação, sabendo que não é possível você fazer um corte orçamentário de R$ 40 bilhões. E as pessoas sabem, perfeitamente bem, que isso não causa prejuízo ao presidente da República, ao governo. O resultado disso é prejuízo à população brasileira, sobretudo à parte mais pobre da população", ressaltou.
Lula afirmou que os senadores têm consciência da importância do imposto. "Acho que os senadores são responsáveis, têm preocupações com o Brasil e sabem qual é a finalidade e para que serve a CPMF", disse.
"Acho que nós agora vamos entrar numa reta final. Se alguém tiver proposta nova que as faça, o governo vai estudar cada uma dessas propostas. O que é importante é que esse imposto tem que ser votado tal como ele foi aprovado na Câmara", completou.
Na semana passada, o presidente Lula afirmou que se os senadores tiverem juízo irão aprovar a CPMF. "Se os senadores não tiverem juízo, votam contra. Se tiverem juízo, eles aprovam e podem dizer para o povo que graças a eles a gente aprovou recursos para ajudar os pobres desse país. Se fosse para ajudar rico, ninguém votava contra", disse, na ocasião.
Os senadores da oposição criticaram as declarações. Para o líder do Democratas no Senado, José Agripino Maia (RN), a declaração de Lula refletiria uma inquietação do presidente com uma possível derrota no Senado.
Agência Brasil