Mais de 230 mil japoneses que teriam mais de cem anos de idade, se vivos, não puderam ser encontrados em um levantamento recente, segundo autoridades do país.
O ministério da Justiça afirmou que 234.354 pessoas registradas como tendo mais de cem anos não foram encontradas nos endereços registrados pelo governo.
O governo diz acreditar que boa parte dos desaparecidos pode ter morrido na Segunda Guerra Mundial ou emigrado logo após o conflito.
Existia uma grande falta de rigor nos registros oficiais naquela época.
Levantamento
Em agosto a imprensa japonesa noticiou a existência de um esquema para fraudar a previdência, com parentes recebendo aposentadorias de idosos já falecidos.
O governo então admitiu não saber ao certo quantos de seus cidadãos com mais de cem anos de idade ainda estariam vivos e anunciou o levantamento.
A contagem feita em fins de agosto revelou que a capital, Tóquio, tem o maior número de centenários desaparecidos, 22.877.
Cada uma das prefeituras de Osaka, Fukuoka, Okinawa e Hyogo tem mais de 10 mil pessoas com mais de cem anos que não puderam ser encontradas.
A lista inclui mais de 77 mil pessoas com mais de 120 anos e 884 que teriam mais de 150 anos.
O ministério da Justiça determinou que as pessoas com mais de 120 anos que não tiverem seus endereços confirmados devem ser consideradas falecidas.
A expectativa de vida no Japão é a maior do mundo, com 86,44 anos para mulheres e 79,59 para homens.