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Japão tem 230 mil 'desaparecidos' com mais de cem anos

11 set 2010 às 10:17

Mais de 230 mil japoneses que teriam mais de cem anos de idade, se vivos, não puderam ser encontrados em um levantamento recente, segundo autoridades do país.

O ministério da Justiça afirmou que 234.354 pessoas registradas como tendo mais de cem anos não foram encontradas nos endereços registrados pelo governo.


O governo diz acreditar que boa parte dos desaparecidos pode ter morrido na Segunda Guerra Mundial ou emigrado logo após o conflito.


Existia uma grande falta de rigor nos registros oficiais naquela época.


Levantamento


Em agosto a imprensa japonesa noticiou a existência de um esquema para fraudar a previdência, com parentes recebendo aposentadorias de idosos já falecidos.


O governo então admitiu não saber ao certo quantos de seus cidadãos com mais de cem anos de idade ainda estariam vivos e anunciou o levantamento.


A contagem feita em fins de agosto revelou que a capital, Tóquio, tem o maior número de centenários desaparecidos, 22.877.


Cada uma das prefeituras de Osaka, Fukuoka, Okinawa e Hyogo tem mais de 10 mil pessoas com mais de cem anos que não puderam ser encontradas.


A lista inclui mais de 77 mil pessoas com mais de 120 anos e 884 que teriam mais de 150 anos.


O ministério da Justiça determinou que as pessoas com mais de 120 anos que não tiverem seus endereços confirmados devem ser consideradas falecidas.

A expectativa de vida no Japão é a maior do mundo, com 86,44 anos para mulheres e 79,59 para homens.


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