No dia 12 de setembro de 2001, a manchete do Le Monde, o principal diário da França, era: "Somos todos Americanos". A frase traduziu a solidariedade da Europa, e da maior parte do mundo, sobre os atentados a Nova York e Washington ocorridos no dia anterior.
Dois anos depois, os antigos amigos já não demonstram tanto apoio. Uma pesquisa publicada pelo jornal The New York Times revela que os norte-americanos estão cada vez mais isolados no que o presidente George W. Bush chama de "luta contra o terrorismo".
Nas pequenas decisões, cita o NYT, é possível notar como o país perdeu a simpatia dos outros: na Suíça, já não há estudantes que queiram ser enviados como alunos de intercâmbio aos EUA. Em competições internacionais, vez ou outra o hino nacional que fala de liberdade e valentia é ridicularizado.
No Brasil, o índice de aprovação ao país entre 1999 e 2000 era de 56%. Depois do ataque da rede terrorista Al Qaeda, baixou para 52% e hoje apenas 34% dos brasileiros aprovam os Estados Unidos, de acordo com um levantamento assinado pelo Instituto Pew Global.
Na Turquia, em três anos, a aprovação aos EUA baixou de 52% para 15%. Quedas de pelo menos 20 pontos percentuais também foram detectadas na França e na Alemanha.
A maior parte dos entrevistados pelos correspondentes do NYT alega que a invasão ao Iraque seja o fator que os leva a desgostar dos EUA.