O governo interino de Honduras cortou o fornecimento de água, luz e telefone da embaixada do Brasil na capital Tegucigalpa, onde está refugiado desde segunda-feira (21) o presidente deposto do país, Manuel Zelaya.
Além de Zelaya, estão no prédio o encarregado de negócios da embaixada brasileira, diplomata Francisco Catunda Rezende, quatro funcionários brasileiros e cerca de 60 pessoas, entre simpatizantes e membros do gabinete do governo deposto.
A representação brasileira em Tegucigalpa permanece cercada por militares hondurenhos desde o início da manhã desta terça-feira. Também nesta manhã, milhares de simpatizantes do presidente eleito que se concentravam no lado de fora da embaixada foram expulsos do local com disparos e bombas de gás lacrimogêneo.
Em entrevista ao canal de TV estatal da Venezuela, Manuel Zelaya afirmou que três manifestantes teriam sido mortos e outros 300 teriam sido presos nos conflitos. As informações, no entanto, não puderam ser confirmadas de maneira independente.
Apesar da pressão militar, a vice-chanceler do governo interino de Honduras, Martha Alvarado, disse que o Exército não pretende invadir a sede diplomática brasileira.