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Greve em minas de platina na África do Sul causa mortes

12 mai 2014 às 17:29

Tentativas de retomar as operações em minas de platina atingidas por greves na África do Sul terminaram com um homem morto e seis feridos, que foram atacados a caminho do trabalho. Os ataques ocorreram no chamado cinturão de platina, a noroeste de Johannesburgo, depois de um fim de semana de violência perto de minas operadas pela Lonmin.

Além desses casos, um homem e a esposa foram encontrados estrangulados em casa em Legalaopeng na tarde de domingo, enquanto um quarto trabalhador morreu após ter o corpo queimado durante o incêndio de sua cabana em Marikana, segundo o porta-voz da polícia local, o brigadeiro Thulani Ngubane. Ainda não está claro se o casal estrangulado tem relação com as minas de platina.


Livhuwani Mammburu, porta-voz do Sindicato Nacional de Mineradores, afirmou que os dois dias de violência significam um aumento da intimidação e dos ataques aos trabalhadores sindicalizados e alertou que a tensão pode crescer ainda mais.


Em 23 de janeiro, a Associação de Mineradores e da Construção, rival do Sindicato Nacional de Mineradores, lançou a greve em minas operadas pela Lonmin, pela Anglo American Platinum e pela Impala Platinum Holdings. Com as negociações para o fim da greve em um impasse, as mineradoras começaram a se comunicar diretamente com os 70 mil trabalhadores e os encorajaram a voltar ao trabalho.

As greves na mina da Lonmin em Marikana em 2012 provocaram violência e dezenas de vítimas, incluindo 34 pessoas mortas quando a polícia ateou fogo em um grupo de manifestantes. Até agora a greve custou às mineradoras cerca de US$ 1,7 bilhão em receita perdida, em um momento em que a África do Sul se esforça para combater o baixo crescimento econômico e o alto desemprego.


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