Forças de segurança venezuelanas usaram gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar uma manifestação com centenas de estudantes. Na noite de ontem (14), eles bloquearam uma rodovia para protestar contra o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Membros da Guarda Nacional Bolivariana perseguiram também os estudantes que reivindicavam a libertação de cerca de 100 manifestantes presos nos últimos dias e lamentavam a morte de mais três durante um protesto na quarta-feira.
"Não vou permitir que mais rodovias ou ruas sejam bloqueadas", disse Maduro durante um evento oficial, que ocorreu no momento em que os soldados dispersavam os manifestantes.
Eles se concentraram na capital Caracas em mais um protesto contra o governo, iniciados há dez dias por estudantes, apoiados opositores de Maduro, contra o aumento da criminalidade, a inflação instável e a escassez de bens.
"Estamos aqui para exigir a libertação dos estudantes detidos e porque não podemos viver com tal violência", disse Maria Correia, 20 anos, uma das manifestantes."
Os manifestantes exigem ainda que Maduro abandone o poder, mas o líder da oposição, Henrique Capriles, considera que as condições políticas não são favoráveis à saída do presidente.
Em resposta a essas manifestações, que ocorreram também em outras localidades do país, Maduro convocou para hoje os apoiadores, apelando para que se manifestem "pela paz e contra o fascismo".