O presidente da França, François Hollande, decretou luto de três dias no país em memória das vítimas do ataque terrorista à sede do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris. De acordo com as autoridades policiais, três homens invadiram o prédio do jornal e mataram os recepcionistas, dois policiais e cartunistas famosos que participavam de uma reunião de pauta.
Até o momento, foram confirmadas 12 mortes e 11 pessoas feridas, incluindo quatro em estado grave. Entre os corpos já identificados estão os dos cartunistas Georges Wolinski, considerado um dos maiores do mundo, Jean Cabu, Bernard Verlhac, conhecido como Tignous, e Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb, diretor do jornal.
"Chargistas de muito talento foram mortos. Hoje eles são nossos heróis e, por isso, amanhã será dia de luto nacional", anunciou o presidente. Hollande informou que, ao meio-dia, haverá um momento de recolhimento no serviço público e convidou toda a população a participar. As bandeiras francesas ficarão hasteadas a meio mastro por três dias.
Hollande pediu unidade à população para responder à altura o crime praticado contra a nação. "A nossa melhor arma é a nossa unidade. Nada pode nos dividir, nada pode nos separar", disse o presidente. Ele também informou que a segurança será reforçada para evitar novos ataques, principalmente em locais públicos. A polícia francesa ainda está à procura dos assassinos.
Até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria dos ataques.