As consultas de paz sobre o conflito no Iêmen terminaram sem alcançar o fim do conflito. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (19) pelo enviado especial das Nações Unidas (ONU), Ismail Ould Sheikh Ahmed.
"Creio que há acordo entre as duas partes quanto à importância de se obter uma trégua. Contudo, são necessárias mais consultas", disse o mediador, em entrevista em Genebra, Suíça.
Desde terça-feira passada que a ONU faz uma rodada de consultas de paz entre o governo iemenita no exílio e os rebeldes xiitas huthis que, na sequência de uma ofensiva em setembro de 2014, controlam grande parte do país, incluindo a capital, Sanaa.
Ismail Ahmed disse que viajará a Nova Iorque, para expor a situação ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e ao Conselho de Segurança, embora continue a manter, à distância, o diálogo com as partes em conflito.
Os combates no Iêmen são apoiados por uma coligação liderada pela Arábia Saudita, que ataca posições rebeldes desde 26 de março. De acordo com a ONU, o conflito provocou a morte de 2.600 pessoas.
Os ataques aéreos não barraram a progressão dos rebeldes que, além de Sanaa, controlam uma grande parte de Aden, segunda cidade do país, e grandes zonas de outras províncias. A situação humanitária é catastrófica neste país da península arábica.