Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou nesta segunda-feira (27) uma nota de esclarecimento sobre a cobertura de radares no País e negou a existência de um "buraco negro" ou "zona cega" no espaço aéreo. As informações são do Terra.
A nota ratifica as informações passadas pelo comandante da Aeronáutica na semana passada, em audiência pública no Senado Federal, que afirmou que não existe buraco negro na faixa de altitude utilizada pela aviação comercial (30 mil pés). Os 13 controladores ouvidos a última quarta-feira pela Polícia Federal no caso do acidente com o vôo 1907 da Gol foram unânimes em afirmar que existe um ponto cego.
Segundo eles, uma área um pouco acima de Brasília já entrando em Mato Grosso e atingindo também uma região da Amazônia, há uma falha de comunicação do sistema de rádio, onde a torre de controle não consegue se comunicar com aeronaves e vice-versa.
De acordo com a nota, abaixo de 20 mil pés, podem existir áreas com detecção limitada, onde, porém, o fluxo de tráfego aéreo é menos significativo.
No domingo, o Fantástico apontou um documentos do Ministério da Aeronáutica em que indicava que o espaço aéreo brasileiro tem um "buraco negro" na área controlada pelo Cindacta 1, monitorado a partir de Brasília. A área seria a mesma em que o jato Legacy se chocou com o Boeing da Gol, causando a morte de 154 pessoas, em Mato Grosso, em setembro.